quarta-feira, 6 de junho de 2012

SOLIDÃO

Chamaste-me: teu filho, solidão...
E voluntariamente me entreguei
Sem ter ao menos rumo em precisão,
Os olhos em teus braços, eu salguei.
No barco que emprestei, meu coração,
Por mares tão distantes, naveguei...

Despido do que fora uma esperança
Vivendo em velas soltas, incertezas.
Achando que encontrara uma bonança
Nos braços de quem dera... sutilezas
Da sorte que, longínqua não se alcança;
Povoa minha vida de tristezas...

Eu necessito ao menos respirar,
Quem sabe uma amizade em seu lugar?

MARCOS LOURES

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