TEMPORAL
Vento em temporal, festejo e desgraça,
Já mostrando perfumes, aguardentes.
Nada fica, nem tudo também passa,
As facas envenenas entredentes.
Fogo não corresponde a tal fumaça
Em sentidos violentos tão urgentes
O gosto adocicado da cachaça
Bebido em demasia, noites quentes...
Depois manhã seguinte... O quê que eu fiz?
Braços abertos vejo que outros ventos
Que venham me farão bem mais feliz...
Mas dure o que durar, como isso dói!
Não deixa um só segundo os pensamentos.
Paixão vem me lambendo e me corrói!
MARCOS LOURES
Nenhum comentário:
Postar um comentário