sábado, 30 de junho de 2012

VALORES DE MERCADO.

VALORES DE MERCADO.

Eu quis vender minha alma p’ro capeta,
O preço que ele paga? Não compensa,
Uma alma de poeta, sem ofensa,
Não vale muita coisa, uma gorjeta,

Enquanto que um pastor, padre ou profeta,
Ou mesmo de algum “mago” que convença
É troço de primeira, é sorte imensa,
E nela Mefistófeles completa.

Faz tempo doutor Fausto era produto
Que tinha alguma fama no reduto,
Mas hoje ninguém quer esses quinhões,

Enquanto um poeta ninguém lê,
Na medicina de fato ninguém crê,
Um pregador carrega dez milhões.

Marcos Loures

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