quinta-feira, 21 de junho de 2012

VELHOS CHARCOS

VELHOS CHARCOS

Tantas vezes mergulho em teu retrato
Jogado em algum canto do passado,
Mostrando a sensação de tal destrato
De um tempo sem sentido, abandonado.

Percebo teu reflexo, mesa e prato
Dentro do coração tão mal guardado.
Talvez em tanto amor de fato
Um farto sentimento destroçado.

Encontro velhos charcos, rasos dágua.
Misturas de esperanças mal vestidas
Com cardumes gigantes, tanta mágoa...

Mal concebendo que inda estás aqui,
Nestas algas que estão apodrecidas,
O veneno do amor bebi de ti.

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