quarta-feira, 4 de julho de 2012

À AMIZADE - SEXTINA 27

À AMIZADE - SEXTINA 27





Os dias sem te ter vão penitentes,
As horas já não passam; tristes, duras,
Teus braços como raios envolventes
Garantem caminhadas mais seguras,
Teus olhos que me guiam, reluzentes,
Banhando cada passo com ternuras.

Buscando tão somente tais ternuras
Depois de noites tristes, penitentes
Encontro meus caminhos reluzentes
Amaciando estradas frias, duras
As mãos se tornam fortes e seguras
Trazendo estes carinhos envolventes.

Palavras que me dizes, envolventes
Tão plenas de carícias e ternuras
Mostrando soluções bem mais seguras
Redimem almas, velhas penitentes
Embora tantas vezes sejam duras
Permitem alvoradas reluzentes.

Estrelas que me entornas, reluzentes
Quais traços de amizades envolventes
Nas tramas bem mais firmes e mais duras
Tocadas pelos raios de ternuras
Protegem os que foram penitentes,
Passadas com certeza bem seguras.

Amiga com teus braços me seguras
Futuro mostra rotas reluzentes.
As pernas maltratadas penitentes
Atada nos grilhões mais envolventes
Depois de perceber tantas ternuras
Libertam-se das trevas, cruéis, duras.

As marcas mais profundas, sempre duras,
Guiadas por passadas mais seguras
Permitem vislumbrar raras ternuras,
Sentindo os claros brilhos reluzentes
Que chegam com seus raios envolventes,
Trazendo uma alegria aos penitentes.

Outrora penitentes noites duras,
Nos braços envolventes vão seguras
Nos trilhos reluzentes das ternuras...

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