sábado, 7 de julho de 2012

ENTRE MEUS DEDOS

ENTRE MEUS DEDOS

Entre meus dedos, passa o tempo todo,
Brincando com a sorte, louco ri.
Permite tanto engano, tonto engodo,
Depois, finge que nunca esteve aqui.

Moleque solitário não dispensa
A gargalhada firme depois disso.
Por mais que tolamente, a recompensa,
Se mostra numa flor, quase sem viço.

O tempo é companheiro predileto
De uma saudade feita em mil lembranças.
Por vezes tão vazio, outras repleto
Matando devagar as esperanças.

Agora que se foi o bonde e o trem,
Amor fora do tempo, sinto, vem...

MARCOS LOURES

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