quarta-feira, 4 de julho de 2012

GUARDADO EM CATEDRAIS

GUARDADO EM CATEDRAIS

Guardado em catedrais que sei imensas,
Um coração se faz em duras datas,
Na vívida lembrança de outras crenças,
Nas hostes doloridas, velhas matas,
As sensações passadas, mais intensas,
No aluvião das dores insensatas...

Focado por mistérios sensuais,
De tempos que se foram, seus enganos.
No olhar vazio, mares abissais
Negando a novidade de outros planos.
Os dias que se foram, nunca mais,
Regendo o seu futuro, soberanos...

Que faço se este amor, um temporão,
Infausta novamente, o coração?

MARCOS LOURES

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