quarta-feira, 18 de julho de 2012

QUE NÃO PERMITA O DESABRIGO

QUE NÃO PERMITA O DESABRIGO

Que a vida não permita o desabrigo
De uma prisão escura triste e forte
Que nos detém o rumo, muda o norte,
Da perda de um fiel e bom amigo.

Contigo, companheiro, eu já nem ligo
Se vem uma agonia em duro corte,
Sem ter a mão querida que conforte,
A vida se tornando um só castigo.

Qual fogo que se perde sem ter pira,
Uma amizade morta é fim de linha.
Uma alma que se perde e vai sozinha,

Somente a dor e mágoa assim transpira.
Por isso ao perceber esta verdade,
Eu valorizo sempre uma amizade...

MARCOS LOURES

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