quarta-feira, 15 de agosto de 2012

CADA GOTA

CADA GOTA

Bebendo da nascente, cada gota,
Tomando tuas fontes para mim.
A sede se sacia, a fome esgota
Na boca que me beija, carmesim,
Ao mesmo tempo invado cada toca
Do amor que vai intenso até o fim...

Os teus dentes, as unhas, firmes garras
Cravadas no meu corpo, teus anzóis.
Vou preso em tuas pernas qual amarras
Sob esse brilho imenso, olhar quais sóis;
No curso deste rio inebriante
Percorro tuas matas e magias...

E morro em cachoeira a cada instante
Nas ondas convulsivas que fazias...

MARCOS LOURES

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