domingo, 19 de agosto de 2012

CHEGANDO MANSA

CHEGANDO MANSA

A noite devagar, chegando mansa
Trazendo uma amargura, dentro em mim.
A dor desta saudade já me alcança
Penumbra vai caindo. É sempre assim.

A festa que se foi, sem sequer dança
Tramando uma tristeza que sem fim
Aos poucos no vazio já me lança.
Quem dera se restasse algum festim

E a vida não seria tão amarga,
Meu canto poderia ser mais belo.
À lua, feiticeira, eu não revelo

Os sonhos que perdi, há tantos dias.
A voz quase silente, inda se embarga,
Lembrando das passadas alegrias...

MARCOS LOURES

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