quarta-feira, 1 de agosto de 2012

MEL?

MEL?

Não sou doce como o mel
Tampouco manso.
Sou feito das procelas
Das tempestas
E do vento audaz
Que por sobre as montanhas
Não se permite calmaria...

A boca que beija
Morde e também assopra.
Fornalha em intensa ebulição
Destilando um sorriso
Quase plácido
Mas não patético.

Trago os espinhos,
O pé vai calejado,
As mãos também
Pelos rastelos da vida
Há muito ruíram-se os castelos,
Só não percebeste...

Fartura do nada
Ensimesmando um sonho.
Palavra algoz
Agridoce
Embriaguez.

Não sou romântico,
Nem estético,
Mas adoro o prazer.
Hedônico
Quero morrer
Nos braços da mulata
Em pleno campo de batalha...

MARCOS LOURES

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