sábado, 11 de agosto de 2012

RAIOS DE LUAR

RAIOS DE LUAR

Quando tu negas raios de um luar
Atordoado, nada eu vejo em volta.
Nem mesmo permitindo iluminar
Causando tanta dor, mágoa e revolta.

Depois encontro a lua num vagar
Sozinha sem estrelas por escolta.
Noutros caminhos, sigo a procurar;
Mas sinto em tua mão que não me solta

A força destas garras massacrantes.
Os dentes mais ferinos, penetrantes
Em fúria sem limites, tão feroz.

Escuto então teu canto mais atroz
Altares seculares; já desmontas,
E minhas madrugadas morrem tontas...

MARCOS LOURES

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