quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Vencendo a Solidão EDIR PINA DE BARROS e marcos loures

Vencendo a Solidão EDIR PINA DE BARROS e marcos loures


Se assim me dizes, meu amor, eu creio
e nunca te pensei vulcão extinto,
porque as lavas tuas inda sinto
queimando-me a pele, entre os seios.

E o toque de teus beijos inda sinto,
assim como as carícias dos enleios,
a força dos desejos, dos anseios
libertos, transmutados pelo instinto.

Também te quero mais do que imaginas,
com teus vulcões em lavas, tuas minas
com mil pepitas de prazer, amor.

Quero as sementes tuas, todas elas,
plantadas dentro em mim, à luz de velas,
mas não te quero escravo nem senhor

EDIR PINA DE BARROS


Ausente de meus braços desde quando
O mundo noutra face desnudara,
A sorte desejosa embora rara
Aos poucos noutro tom se transmudando,

Porém o velho peito em contrabando
Agora com carinho se depara
Com quem deveras tanto desejara,
Um sismo no meu peito se formando,

Tsunamis entre vários terremotos,
Em êxtases outrora tão remotos
Atômica explosão, louco delírio,

Deixando para trás o sofrimento
E envolto nos teus versos me alimento
Vencendo a solidão, ledo martírio...

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