quinta-feira, 20 de setembro de 2012

DESCOMPASSADO

DESCOMPASSADO

Batucando meu samba sem compasso,
Vou vivendo sem passo e sem poema;
O que demais que a vida nunca teima.
É da morte, sentir medo e cagaço...


Sinto-me, tantas vezes, um palhaço;
Perdido vagabundo sem ter lema;
Não quero clara, quero ponto, um trema.
Na fonte fiz, farei; mas nunca faço...


Na sordidez leal que tu me tinhas,
Amor que era bem pouco, parcas linhas.
Vestido tirolês: comenta leite...


Nem estou procurando quem me aceite
Apenas quero o riso sem sarcasmo,
E se sobrar algum, quero um orgasmo.


MARCOS LOURES

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