segunda-feira, 3 de setembro de 2012

LÚBRICA

LÚBRICA

Ela é boazuda e é bela como uma fera.
Minha amada é lúbrica, é casta, é catinguenta.
Minha amada tem bocas e bocas de sorver,
de sugar, de espremer, de comer.

Darcy Ribeiro



Minha amada abrindo as pernas
Mostra a boca mais faminta
Nossas noites são mais ternas
Meu pincel adentra a tinta

E se borra num instante
Dentro da gruta molhada.
Cavalgando num rompante
Deixando a fenda alagada.

Minha amada me conquista
Com tesão e com vontade,
Não há fome que resista

Nem há sede que não cesse
Quanto mais desejo cresce
Aumenta a saciedade...

MARCOS LOURES

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