sexta-feira, 21 de setembro de 2012

O FUTURO

O FUTURO

Sendo vésperas, somos o futuro
Escarnecido, escancarado, aberto?
Quando alopradamente salto o muro
De tantas armadilhas de um deserto


Tal qual fora uma reles escultura
Moldada num passado mais incerto
Forjada da cruel caricatura
Que somos, quando vistos mais de perto;


As faces enrugadas dos meus pântanos
Internos, fogos fátuos de esperança,
Chovendo meus retalhos mesmo em cântaros,


Unidos com teus restos, andam juntos...
Os hálitos-esgotos dão fiança
Os sonhos procelares, bens conjuntos...


MARCOS LOURES
 

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