quarta-feira, 19 de setembro de 2012

TÃO DISTANTE...

 TÃO DISTANTE...

Tão longe de meus olhos, tão distante...
Vagando pelos sonhos, um cometa.
Querendo o seu carinho a cada instante
Do nada que me resta se completa

A dor que me tomando num rompante,
Penetra no meu peito, fria seta,
De tudo o pensara, estonteante;
Mulher que tanto quis não se repleta

E foge dos meus dedos, minhas mãos,
Mostrando que estes sonhos, todos vãos,
Se foram sem sequer dizer seu nome.

A sorte benfazeja não restou,
Nem mesma uma esperança aqui ficou,
A vida, num segundo, longe, some...

MARCOS LOURES

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