segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ANGÚSTIA

 ANGÚSTIA

Meu maço de cigarros na metade,
Meu copo sempre cheio de cerveja.
Tomado pela angústia da saudade
Minha alma te procura e te deseja.

Eu olho pro relógio. Eu sei que é tarde,
Somente a solidão é que me beija;
Da noite o que restou? Ansiedade!
A dor deste vazio, rói, lateja.

Ao pedir outra dose de conhaque
Eu te vejo na taça refletida.
Miragem? Num segundo tomo um baque

E vejo que é real. Quando me vês,
Sorris e logo chamas. Volto à vida
Emergindo de toda embriaguez...

MARCOS LOURES

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