domingo, 13 de janeiro de 2013

FRÁGEIS ELOS



FRÁGEIS ELOS

Batuca um coração sem mais juízo
Fazendo do meu verso uma trapaça
E quando noutro rumo, a vida passa,
O tanto quanto eu quis não é preciso,

E mesmo se pudera se conciso,
Vestígio do que fora agora traça
A luta se esvaindo na fumaça
Carcaça aonde enfim eu me matizo.

Aromas mais diversos, bocas rubras,
E mesmo quando sinto que descubras
As rotas e os sinais não paralelos,

Zarpando para além do quanto eu quis,
Decerto não serei nunca feliz,
Rompendo com meus sonhos, frágeis elos...

RITA DE CASSIA TIRADENTES REIS

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