quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

NOVO TEMPO - sextina

NOVO TEMPO  - sextina

O quanto acreditasse em novo tempo
E nisto não veria qualquer luz
Do mundo aonde o nada se apresenta
Vagando contra a fúria deste mar.
E a noite sem sentido ou sem proveito,
A morte ronda e toma ora de assalto.

Um peito se desenha enquanto assalto
E nisto se perdendo o imenso tempo
A vida não demonstra algum proveito
E nega o quanto pude em rara luz,
Trazer dentro de mim inteiro um mar
Enquanto a solidão toma e apresenta.

Meu mundo de tal forma se apresenta
E nisto a solidão doma e me assalto
Ousando num momento e traça o mar
Reinando como Cronus sobre o tempo
Tocando dentro da alma em rara luz
Gerando com firmeza algum proveito.

Produz o sentimento em tal proveito
Fortuna mais temível se apresenta
Falena em desespero contra a luz
E a vida traça o nada enquanto assalto
Meus erros do passado e enfrento o tempo
Tentando conceber um novo mar.

Quem dera se enfrentando o velho mar
Lutasse e na verdade em meu proveito
Traçasse com firmeza um raro tempo
A luta com certeza se apresenta;
E quando os sentimentos neste assalto
Expressa o que pudesse: imensa luz.

Ao fundo se imagina em clara luz
Reflexo dessa lua sobre o mar
Tomando o pensamento em duro assalto
No fim pensando em meu próprio proveito
Uma esperança ao longe se apresenta
Marcando em ar profano o ledo tempo.

E assim vendo o meu tempo contra a luz
A vida se apresenta e toca o mar
Meu mundo sem proveito. O sonho; assalto.

MARCOS LOURES

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