sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

PARINDO O SENTIMENTO

PARINDO O SENTIMENTO..


Faço versos como quem
Ao parir o sentimento
Traz no sonho que fomento
A vontade sem desdém
Do que tanto o tempo tem
E se faz no pensamento
Muito além de algum momento
Ou deveras já contém
O infinito de um alento
Sopro forte da esperança
Que pudera ao sofrimento
Trazer tanto o quanto avança
Penetrando sem temor
Onde brilho o raro amor
Navegando contra as ondas
Mais bravias do oceano
Quando enfim perco e me dano
Inda mais que me respondas
Tantas sortes onde escondas
O que fosse soberano
Caminhando sem engano
Onde quer que não mais sondas
A vontade sem proveito
O momento aonde aceito
O que tanto mais queria
Bebo assim a fantasia
Em cenários discrepantes
E deveras me garantes
O que tento ou poderia,
Não sei nada sobre a vida
E tampouco quero crer
Neste amor sem bem querer
Sem caminho e sem saída
E o que tanto dilapida
O meu verso a se perder
Adentrando inteiro o ser
Na verdade sempre acida,
Marca o tom desta ferida
Que chagásica domina
Procurando a cristalina
Expressão mal resumida
Do que tanto me fascina
E traduz a luz perdida;
Noite afora sem estrelas
Incertezas me competem
Outros erros se repetem
Mesmo quando possa vê-las
Espalhadas pelos céus
Onde os tempos trazem sonhos
Tantas vezes mais risonhos
Recobrindo, claros véus
Como antigos carrosséis
Pensamentos e quereres
Vagam e sem perceberes
Queres mais que sonhos, méis
E blindando após a queda
O que tanto se perdera
No caminho concebera
O que a vida nos enreda
Gerações em raros brilhos
Olhos tristes, maltrapilhos
E a vontade de seguir
Ultrapassa qualquer medo
Quando amor, em ti, tão cedo
Aprendera algum porvir.


CONFRARIA LOURES

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