sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

ROTOS PLANOS

ROTOS PLANOS

Agora já percebo rotos planos
Aonde imaginara alguma sorte,
A vida sonegando ao peito o norte
Promete tão somente mais enganos.

Encubro-me deveras com tais panos
E neles a mortalha diz da morte,
Não tendo nenhum bem que me suporte,
Depois da tempestade, graves danos.

Morrendo entre os diversos fundamentos,
Percorrem os caminhos, pensamentos
Ungüentos nas escaras e feridas.

Apago da lembrança este passado,
O mundo que eu queria diz do Fado
Por onde se desviam nossas vidas...

MARCOS LOURES

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