sexta-feira, 1 de março de 2013

AMAR...

AMAR...


Aguardo esta mulher que nunca vem
E temo que jamais eu a terei,
Enquanto a fantasia perde o trem,
Eu procuro encontrá-la noutra grei.

Por sendas mais diversas caminhei,
Resposta se repete: outro ninguém,
Não posso mais lutar, já me cansei,
Apenas o vazio me contém.

E a noite solitária se aproxima,
Quisera ter do amor alguma estima,
Agrisalhando os sonhos, nada resta...

Morrendo pouco a pouco, sigo só,
Retornarei sozinho para o pó,
Que a morte à vida em vão, pra sempre empresta.


MARCOS LOURES

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