quarta-feira, 13 de março de 2013

ENTRE AS TEMPESTADES

ENTRE AS TEMPESTADES

Não tento caminhar entre as tempestas
E sei dos descaminhos que enfrentei
O tanto quanto possa e não teria
Sequer o que pudesse além do cais,
Vencer o que chegasse num momento,
E o todo se desenha neste instante

E quando na verdade a cada instante
Enfrento vendavais, raras tempestas
Seguindo cada passo num momento
E tanto quanto possa eu enfrentei
Chegando mansamente ao raro cais
E neles nada mais busco ou teria,

A sorte desenhando o que teria
Quem vive com firmeza cada instante
E vence sem temor chegando ao cais
Após reconhecer tantas tempestas
E nisto cada passo eu enfrentei
Vivendo sem temor cada momento,

A luta desenhando num momento
Trazendo o quanto possa e não teria
E sei do descaminho onde enfrentei,
A vida se transforma a cada instante
E sei dos meus temores e tempestas
Ousando procurar enfim um cais.

Meu barco procurando além um cais
Ditando cada passo num momento
Embora sejam tantas as tempestas
Meu mundo na verdade não teria
Sequer o que procuro num instante
E nisto o descaminho eu enfrentei,

O quanto do passado ora enfrentei
Tentando tão somente um porto, um cais;
E o mundo se perdendo num instante
Cevando esta alegria em tal momento
E sei que na verdade eu não teria
Senão as velhas duras, vãs tempestas,

E quando nas tempestas enfrentei
Buscando o que teria além do cais
A sorte num momento em raro instante.

MARCOS LOURES

Nenhum comentário: