segunda-feira, 18 de março de 2013

LÁGRIMAS

LÁGRIMAS

Das lágrimas comuns a quem deseja
Além do que pudesse dar a vida
E sente a própria sorte sem guarida
Enquanto num instante isto preveja


Ou mesmo noutra face enfim poreja
A dita há tanto tempo sendo urdida
Razões aonde o sonho se invalida
Porquanto uma ilusão atroz e andeja


Vagara em siderais etéreos sóis
E quando nesta ausência de faróis
Revê cada segundo, ainda incauto


Percebo o que pudesse transcender
À própria sincronia de um viver
Aonde a cada passo, um sobressalto...


MARCOS LOURES

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