quinta-feira, 7 de março de 2013

QUE SE DANE

QUE SE DANE

Fazendo do soneto um desabafo
Aonde poderia imaginar
Um tempo mais feliz sem o luar
Das dores e temores eu me safo.

E visto a fantasia que não cabe
Ainda de palhaço ou de bufão
Quisera Pierrô, mas negação
Bem antes que este sonho vão desabe

Alcanço a mais distante tempestade
E bebo com ternura a ventania,
Apenas minha amiga a poesia
Ainda vê o sol com liberdade.

Amei, não fui feliz? Pois que se dane
Minha alma sem saída esquece a pane...

MARCOS LOURES

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