quarta-feira, 29 de maio de 2013

HÁ TANTO

HÁ TANTO

Há tanto que pudera imaginar
Algum momento em paz e nada havia
Amar e recolher a fantasia
E nisto novamente reamar,

O canto sem saber de algum lugar
Traduz a imensidão da poesia
E sei do quanto pude e não teria
Sequer nem mesmo aonde descansar,

Apodrecendo aos poucos, minha sorte
Transcende ao quanto posso ou já suporte
Amordaçando o sonho sem proveito

E quando mergulhara no sombrio
Cenário que deveras desafio
O mundo quando vem, desejo e aceito.

MARCOS LOURES

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