sexta-feira, 14 de junho de 2013

CARCAÇA


CARCAÇA

Nem me acho teu capacho nem prisão,
Escracho esta verdade que bem dita,
Trará depois do fim, libertação,
Embora ao teu olhar seja maldita.

Prefiro caminhar sem ter espinhos,
Arranco os pedregulhos, velhas rochas,
À noite iluminando os meus caminhos,
As doces ilusões são como tochas.

Recados que não dei e nem daria,
Mereço muito mais que um ledo adeus,
Não sou e nem serei a montaria
Perfeita pros engodos, tolos, teus.

E deixo esta carcaça como herança,
Um dia foi estúpida esperança...


MARCOS LOURES

Nenhum comentário: