quinta-feira, 6 de junho de 2013

FARSANTES


FARSANTES

Pastores tendo em mãos raro poder
Expressam o que querem nada mais,
E mesmo quando ali cedo notais
A farsa desenhada em vão querer,

Tentando sem sequer mais conceber
Os dias que pudessem magistrais,
As sortes são deveras desiguais,
Mas nada justifica o que irás ver,

Assisto ao mais inglório dos caminhos
E vendo os olhos rudes e mesquinhos
Marcando a ferro e fogo o pensamento,

Teimando sem sentido e sem proveito
Ainda que tentasse; eu não aceito
Servir como alimária em vão provento.



MARCOS LOURES

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