quarta-feira, 26 de junho de 2013

MORTA PRIMAVERA

MORTA PRIMAVERA


Já não comportaria qualquer flor
Se morta vejo em nós a primavera,
A luta me transtorna e desespera
Deixando como rastro algum pavor, 


Sinalizando sempre com a dor,
A sombra do passado não espera
E bebe o quanto aos poucos degenera
Matando o que pudera noutra cor,


Sem esplendor e sem apoteose
O tempo em tal martírio se antegoze
Gerando apenas fim e sem saída,


Depois de tantos anos noutras cenas
As horas quando que pensara serem plenas
Apenas transtornando o que há em vida.


MARCOS LOURES

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