quarta-feira, 3 de julho de 2013

O QUANTO POSSA



O QUANTO POSSA

Viver o quanto possa em ilusões
Ainda que me tragam dores quando
O templo mais perfeito desabando
Roubando o que deveras tu compões

Os olhos entre nuvens, turbilhões,
As faces de um augúrio onde nefando
O verso noutro tanto cambiando
Os sonhos em diversas dimensões,

Prefaciando a vida com tais erros
Preparam-se de fato os vãos desterros
Gerando desenganos onde outrora

A vida se faria mais perfeita
E nisto outra mentira sendo aceita
Matasse alguma luz que além aflora...

MARCOS LOURES

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