sábado, 16 de novembro de 2013

AMPUTAÇÃO


Amputação

Farsas; fazes. Fases tantas
Dispersas rupturas
Procuro em vão
Vago algo que jamais
Errático e morto talvez,
Nem vês sombras e sobras
Restos do quem fora
E sem futuro algum.
Rum de outro tonel
Ao léu, céus e cortes,
Coortes, cárceres.
Privando-me
Levando o que restara
E não se restaura,
E na farsa que fazes,
As mesmas e velhas
Cenas...
Alheios olhos
E nada mais teria,
Nem viria.
Veria?
Houvera além da curva
A chuva e a lama,
Clamo e nada ouço,
Escorrendo
Para o velho e costumeiro calabouço.
Esgotos aonde esgoto
Es-tocando o coto
De uma velha amputação.
A dos meus sonhos...

MARCOS LOURES

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