quinta-feira, 8 de maio de 2014

ATEIA PLATEIA



ATEIA PLATEIA

Não quero mais saber nem mesmo quando
Tampouco se pudesse ser feliz,
A lua, desvairada meretriz,
Por entre mil cometas vai bailando,

O verso feito faca penetrando,
O sonho se perdendo por um triz,
A chama serpenteia e a velha atriz
Esperança entre fúrias se matando.

Resquícios do que fora alguma sorte
Tramitam entre pontas e fagulhas,
As horas entremeiam norte e morte,

O corte perpetua mil agulhas,
E o gozo do cantor se faz ausente
Nas mãos do deus desnudo e impertinente...

MARCOS LOURES

Um comentário:

Efigênia Coutinho disse...

Eu estava saudosa de ler seus Sonetos!
Deixo um convite para seguir meu novo blog,
abraços,
Efigenia
http://efigeniacoutinho-duetos.blogspot.com.br/