quarta-feira, 15 de outubro de 2014

UMA ALMA SEM DESTINO


Ao mitigar o pranto e consolar
Uma alma sem destino, feita em dor,
A mão que chega mansa, a demonstrar
Toda a pureza imensa, vero amor,

Mostrando-se capaz de aliviar
E dar um novo alento ao sofredor,
Que sabe e necessita se irmanar,
Cuidando com carinho desta flor

Um raríssimo espécime que resta,
Justificando a glória de viver.
Na mansidão se sente tal poder.

Não faz nem rebuliço nem quer festa
Existe tão somente e nada cobra.
Demonstra-se mais firme se soçobra...

MARCOS LOURES

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