quinta-feira, 13 de novembro de 2014

MEU ALTAR

MEU ALTAR


Aonde fiz altar, teu corpo belo
Trazendo a cada noite nova prece
Enquanto esta loucura assim se tece
Momento mais airoso enfim revelo,

E quando se entranhando traço anelo
E bebo com ternura tal benesse
O amor sem ter juízos obedece
No teu delírio o meu deveras selo,

E sendo teu somente e nada além
O quanto de desejo nos contém
Persiste mesmo após o amanhecer

Adentro os paraísos que me dás
E sei o quanto posso ser audaz
Vicejando esta insânia ao bel prazer.

MARCOS LOURES

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