sexta-feira, 7 de novembro de 2014

TURBILHÕES

TURBILHÕES

Rebeliões; empilhas aos milhões
Humilhas com teus risos vãos, sardônicos
Gerando bandos tantos desarmônicos
Tetânica e apoplética me expões

Esplêndidas belezas, turbilhões
Que tramas entre algemas e histriônicos
Caminhos muitas vezes vis e hedônicos
Voláteis astros e anjos; decompões.

Careço de cadências confiáveis
Padeço das demências mais palpáveis
E nelas são aráveis solos meus,

Angustiadamente a mente enriste
Um ar que, secular e ancestral triste
Prepara a amara morte em vago adeus...


MARCOS LOURES

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