quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

CLARÃO DA LUA

Frio clarão da lua invade o quarto,
Esbalda-se em teu corpo e da nudez
Expõe uma escultura que Deus fez,
Da qual permita o Pai jamais me aparto.

E quando após o amor, deito já farto,
Olhando-te deitada em placidez,
Adentro a fantasia de uma vez,
E mesmo estando aqui, em sonhos parto,

Alçando as mais perfeitas maravilhas,
Enfrento cordilheiras, desço aos vales,
E mesmo que em silêncio nada fales,

Palavras que tu pensas são as trilhas
Levando o sonhador aos descaminhos
Que tanto desejei; os nossos ninhos...

MARCOS LOURES

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