sábado, 12 de dezembro de 2015

Mares distantes
Ventos constantes
Cais delirantes
Portos seguros
Navegar é preciso
O siso se perde
Seguir sem alarde
Atento o meu peito
Procelas distintas
As tintas pincelas
Formando aquarelas
Revelas em velas
Selando no encanto
Do verso o convés
Deste navio
Que crio
E que crias.
Amar e morrer
Amarras romper
Irrompe a vontade
Sacia o desejo
E o vento transporta
Correntes marinhas.
Açudes, açores
As cores diversas
Trazendo este sal
No sol tropical
O espaço sonego
Renego a lonjura
No quanto a ternura
Adoça um esgoto
Clareia esta treva
Que neva e que queima,
Resiste ao verão?

marcos loures

Nenhum comentário: