sábado, 5 de dezembro de 2015

meu mundo mal pudera persistir
depois desta brumosa madrugada,
jogado na sarjeta e da calçada
entendo o quanto deva prosseguir,
no litro de aguardente, o meu porvir,
a noite se desnuda tão nublada,
sabendo que ao final não resta nada,
a morte é minha sorte a conseguir,
ecoam ululantes ventos frios,
lambido pelos cães, sujos, vadios
os cios da esperança apodrecendo,
e os vermes,companheiros mais constantes,
agora num banquete, delirantes,
terão tudo o que querem,em instantes...
Marcos Loures

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