sábado, 12 de dezembro de 2015

Na beleza do verso que ora leio,
Esqueço as culpas que, por cento tenho.
Marcos Osilia
e quando, quieto cerro o cenho
a vida me agregando em podre enleio,

e tanto quanto houvesse algum receio,
o manto descoberto de onde venho
descobre esse caminho e não convenho
tentar acreditar nalgum recreio.

perdido entre os canhões e mil obuses
preparo simplesmente entre outras cruzes
o derradeiro leito onde descanse,

meu mundo se perdeu, há tanto tempo,
conjuro cada novo contratempo
a sorte se distou do meu alcance...

Marcos Loures

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