domingo, 6 de dezembro de 2015

Não se assustem, porém, com minha calma,
Do banquete final, fica minh"alma!
Marcos Osilia
embora apodrecida a cada passo,
o fim que me esperasse, eu mesmo traço.

e bebo do veneno quando acalma,
resumo meu caminho em todo trauma
e nele me enfronhando, antigo laço
deixando o coração rude e mais lasso

apenas coligindo o quanto houvera
da sórdida e mordaz, turva quimera
que tanto se apodera, dia a dia,

o fim em todo cálice blindado,
refém do vago ser que no passado
tornara cada verso, outra sangria...

Marcos Loures.

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