sábado, 12 de dezembro de 2015

Nos bares e nos guetos da cidade,
Meus olhos vão buscando seus espelhos
Mosaicos se perdendo em labirinto
Meus dias nunca mais serão os mesmos.
O gosto tão amargo da saudade
Uma aguardente dura de tragar
Nos tocos de cigarro no cinzeiro
O quanto que se foi e me deixou.
Cicatrizar a dor de tua ausência?
Dos dias que se passam sem descanso
Apenas o que resta não alcanço
E deixo tudo assim, não mais irei.
Agora que já fomos sem retorno
Em torno de teus olhos eu me entorno
E guardo em minhas vísceras teu beijo.
Um seixo que este rio não levou.
Quem dera, mas não posso primavera
Apenas este inverno que hoje sou.

marcos loures

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