domingo, 6 de dezembro de 2015

Vagando pela noite sem paragem,
bebendo da sarjeta cada instante,
a vida prometida delirante,
encontra noutro instante a rude aragem,

e quando me entranhando, a paisagem,
ouvindo o mar sombrio e tão distante
a bruma toma tudo e, fatigante,
vertigem torna o riso, vaga imagem.

a chuva derramando em toda gota
a farsa de uma vida agora rota
e a rota se perdendo eternamente,

o suicídio ronda, e se aproxima,
o fim enfim seria doce rima
e toma inteiro e manso,a minha mente...

Marcos Loures.

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