sábado, 17 de março de 2018

SILÊNCIO

Falasse dos facínoras
Frases e fases; fazes. O nada,
À parte se comparte a e mesma fonte
E conforte quem veja o fim.
Comporte; companheiro,
É assim o teu velório,
O meu já passei e sinto o gosto.
Desastres e outros apartes
A vida não seria diferente.
Um tiro fuzis pistolas, medos?
Já nem...
Também quem mandou?
Olhar direitos e justiça?
Cobiça é maior,
Melhor o gozo.
Enquanto o labor, em labirintos,
Infinitos os infelizes ditam deslizes
Somente por viver.
Podes ter o ar, ainda possas.
Quem sabe as fossas?
Ainda precisas provas?
Pelo fato de seres
São além do que deves.
Seu chão, já não bastarias?
E ainda queres o risco?
Melhor ficar quieto.
Uma boca a mais ou menos
Tanto faz. E ainda os dentes?
Arranque-os.
São mordomias, eu sei.
E queres o prato?
O trato, o canto, o encanto...
Pranto. É tudo o que resta,
Silêncio...


Marcos Loures

Nenhum comentário: